Last Updated on Dezembro 11, 2023

Caminhar no deserto não é uma tarefa fácil, nem física nem mentalmente. Os seus pés afundam-se na areia e, embora seja apenas o amanhecer, o sol está mais forte do que nunca e o calor insuportável. A monotonia da paisagem, a luz ofuscante que o rodeia e os horizontes calmos que balançam infinitamente fazem com que queira continuar, para manter tanto os seus pés como a sua mente postos a explorar essa infinita extensão do nada. E quanto mais se caminha, mais se sente a força para continuar. Tem a percepção de estar muito próximo de algo que vai além da experiência comum, é um “além” que dificilmente se consegue explicar por palavras. Os seus sentidos são demasiado reactivos: tem a impressão de que consegue ver tudo, de que consegue ouvir cada batida do seu coração no eco do silêncio. E sente-se vivo.

Andar no deserto é difícil, mas gratificante

Dar um passeio pelo deserto é uma tarefa árdua e enfadonha porque cada passo que dá na areia não encontra uma base sólida, e subir uma duna demora muito mais tempo do que parece porque o seu pé afunda sempre que tenta dar um passo. E no entanto não há muitas experiências no mundo mais gratificantes do que viajar pelo deserto, escalar uma montanha de areia, desafiar uma paisagem tão espectacular como hostil: o deserto é imenso, majestoso, dá uma profunda sensação de liberdade. O horizonte perde-se e se nos afastarmos apenas um par de dunas do grupo, sentimo-nos realmente sós. E não é assustador, dessa maravilhosa vertigem que o ser humano sente ao olhar para um abismo.

Benefícios para o corpo e a mente

Caminhar na areia do deserto permite-lhe tonificar todos os seus